terça-feira, 31 de agosto de 2010

Alimentação é um dos principais focos dos Hospitais


Levantamento do IBOPE aponta que foco em gastronomia com ênfase em customização e sabor das refeições é o foco de 35% dos hospitais

Um estudo realizado pelo IBOPE apontou que a preocupação com o serviço de alimentação oferecido pelos hospitais é tida como um dos aspectos prioritários na administração dos hospitais ocupando a terceira posição na escala de prioridades das instituições de saúde..

Realizado entre os meses de junho e julho de 2010 a instituição entrevistou gestores, nutricionistas e ex-pacientes que estiveram internados nos últimos quatro meses. Entre as prioridades apontadas pelo hospital, a preocupação com a alimentação de seu corpo clínico, funcionários, pacientes e acompanhantes aparece em quarto lugar, atrás de controle de custos, segurança em procedimentos médicos e atendimento aos pacientes.

Outro destaque do estudo foi o foco dos hospitais voltado ao conceito "confort-food", comida caseira que desperta a sensação de segurança, bem estar e conforto ao paciente. Segundo o levantamento do IBOPE, 64% das instituições adotaram a prática diante de 35% que servem refeições com foco em alta gastronomia visando a estética e sabor dos pratos. Somente 1% dos hospitais adéqua suas refeições à necessidade clínica de seus pacientes.

Segundo o diretor de negócios da GRSA, empresa especializada em alimentação e serviços de suporte, Silvio Pannone o conceito de confort food já é adotado em larga escala em países da Europa. "Os hospitais tem se preocupado cada vez mais em atender as necessidades nutricionais do paciente uma vez que esta dieta está diretamente ligada à sua melhora", acrescenta.

Para Pannone, o estudo aponta uma tendência nos hospitais brasileiros que já ocorreu nos Estados Unidos e Europa há cerca de 15 anos, que é a terceirização de seus serviços de alimentos.

A terceirização dos serviços dos serviços de alimentação nas unidades de saúde também foi abordada pelo estudo. Cerca de um terço das instituições ouvidas pelo IBOPE terceirizaram algum tipo de serviço de alimentação no interior de suas unidades.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Embates sobre saúde entre Dilma Rousseff e José Serra


1º debate entre candidatos à presidência da República revela que apenas Marina Silva (PV) tem a saúde como prioridade única

"A saúde será uma das primeiras medidas a serem tomadas no meu governo. É algo que não pode esperar nenhum momento e milhões de brasileiros continuam levando meses ou ano para marcar uma consulta ou exame", declara a candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) durante primeiro debate com os seus concorrentes José Serra (PSDB), Dima Rousseff (PT) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), promovido pelo Grupo Bandeirantes.

Marina foi a única entre os participantes a dizer que a saúde será prioridade em seu governo quando perguntados: "entre estes três itens, segurança educação e saúde, escolha um que atacará imediatamente logo depois da posse e responda quais serão as primeiras providências concretas de seu governo nesse sentido".

Ao longo de seus dois minutos de resposta, a candidata do PV ressalta que, como indigente, conhece o "péssimo" atendimento de saúde e a desatenção com o setor público. Segundo Marina, os municípios estão bancando sozinhos a questão da saúde, enquanto os Estados e ao União deixam de repassar ao setor o que lhe é devido. "Vou mobilizar todos para que possamos regulamentar a Emenda Constitucional 29, que tem levado à morte milhões de brasileiros".

Enquanto isso, os demais candidatos defenderam que os três itens (segurança, educação e saúde) serão prioridades simultâneas de seu governo. No caso, José Serra afirmou que a saúde e a segurança têm a ver com a vida, e a educação com o futuro, sendo indispensáveis pelo organismo econômico-social brasileiro.

Na saúde, o tucano afirmou que pretende inaugurar 150 centros de especialidades para agilizar o atendimento às diferentes doenças. "Vamos acelerar novamente a saúde no Brasil, inclusive encurtando o tempo de espera das consultas e exames", promete.

Dilma, que também apontou os três setores como prioritários, disse que a questão da saúde é fundamental e por isso pretende completar o SUS com novas 500 UPAS 24 horas e com a expansão do SAMU, entre outros programas. "Ao mesmo tempo vou ampliar o tratamento dentário pelo SUS. Outra questão importante é o tratamento da mulher e da criança desde antes do nascimento até um ano de vida, daí estamos falando de uma rede cegonha que integraria o atendimento da criança ao da mãe", propõe.

Já Plínio Sampaio disse que irá atacar e defender posturas radicais. Sem apresentar propostas para o setor de saúde, o candidato afirma: "nos três casos há um problema de desigualdade social e temos que enfrentar isso com coragem e firmeza, há um muro que separa o povo brasileiro das suas perspectivas".

O terceiro bloco do debate foi marcado por embates entre petista e tucano. Serra perguntou por que o PT reduziu o número de mutirões da saúde. De acordo com ele, em 2002, antes de o governo atual começar, os mutirões eram um sucesso estrondoso. Dilma disse não ser contra medidas desse tipo.

Serra voltou a acusar o PT de parar com os mutirões, o que seria "uma crueldade", já que atingiam tantos cidadãos. Dilma preferiu focar na criação de empregos, na qual, segundo ela, passou-se de 5 milhões no governo Fernando Henrique Cardoso para 14 milhões no de Lula.

*Com informações declaradas pelos candidatos à Presidência da República e do Grupo Bandeirantes